sexta-feira, 30 de março de 2012

Fic 4. Parte: 26.

A campanhia tocou. Eu tava de pijama, e foda-se.
Abri a porta e lá tava ele com cara de desesperado.

- Você tava dormindo? – perguntou.
- Não, eu só tava deitada. – percebi que ele olhou pra dentro, como não tinha ninguém em casa... – Pode entrar.
- Não quero incomodar.
- Entra Leonardo. – ele entrou fechei a porta.
- Senta ai. – apontei pro sofá sentando no outro do outro lado. Ele sentou.
- Quero te pedir desculpas por hoje...
- Ta tudo bem Leonardo. Era só isso?
- É DISSO QUE EU TO FALANDO! – ele se levantou. – VOCÊ NÃO PODE ME TRATAR COMO SE A ÉPOCA DO ORFANATO NÃO TIVESSE EXISTIDO, VOCÊ NÃO PODE ME TRATAR COMO SE NUNCA TIVESSE ME TOCADO, NÃO PODE ME TRATAR COMO SE NUNCA TIVESSE ME AMADO.
- Calma.
- Desculpa.
- Leonardo... Eu... Não quero te tratar assim, mas eu não sei mais lidar com você entende? Eu não sei no que você se tornou. Eu não te conheço mais, e nem você me conhece. É difícil pra mim também, ou você acha que eu esqueci de tudo que aconteceu entre a gente? Acha mesmo? Você sabe o que eu acho sobre o amor, e ainda posso te dizer a mesma frase que te disse a anos atrás.
- Qual delas?
- Sem tortura Leonardo... Por favor. – pedi quase chorando.
- "Eu te amo"? – ele disse me olhando com os olhos marejados.
- Leonardo vai embora. – sai do sofá e fui até a porta para abrir.
Ele segurou na minha mão que estava na maçaneta.
- Responde (seu apelido). – sai de perto dele. – Responde, fala, fala tudo o que você sempre quis esses anos todos.
- LEONARDO SAI DAQUI.
- Me responde antes.
- Você tem noiva sabia? Que deve estar em casa planejando o casamento de vocês, e você vem aqui... – eu já estava chorando. PORQUE ELE ME CAUSA ISSO? – Me torturar. – falei sem pensa. Ele fico uns momentos em silêncio.
- Eu não amo ela...
- Mas deveria, É COM ELA QUE VOCÊ VAI CASA.
- Para com isso, não coloca ela no meio...
- ELA TA NO MEIO LEONARDO, COMO VOCÊ PODE NÃO SE IMPORTAR COM SUA PRÓPRIA NOIVA? – interrompi ele.
- Eu to falando de nós.
- Ela está entre nós! – ficamos minutos em silêncio.
Me sentei no sofá, me acalmando, eu não sabia porque isso tudo tava acontecendo, ele devolta... Ele estava de pé.
- Eu amo você. – ele disse num sussurro, que se não estivessimos em total silêncio eu não conseguiria escutar. E veio até mim sentando do meu lado.
- Porque tem que ser tão complicado?
- Se fosse fácil seria tão gostoso? – ele disse com um sorriso no canto da boca, acho que por eu estar falando normal, e não gritando.
- Poderia só ser um pouco mais simples...
- Poderia ser eu e você... Mas você não me...
- A frase era, e ainda é, eu te amo. – disse timida.
Ele se aproximou mais do meu rosto, senti sua respiração no meu rosto, depois de tanto tempo... Ele me beijou...
O beijo foi ficando mais profundo. Eu não podia explicar o que estava sentido, senti tanta falta dele, de poder tocar ele, de poder ter ele por perto.
Ele estava me deitando no sofá... Quando o juizo falou mais alto.
- Leonardo você tem uma noiva. – falei afastando ele de mim, mas só um pouco. Ele engoliu seco e ficou em silêncio.
- Me desculpe...
- Está tudo bem... Mas, eu não vou ficar com você.
- Eu não amo a Patricia.

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