quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Fic 4. Parte: 2.

Fui para o quarto, entrei e era bem ajeitado, tinha umas 15 camas no máximo, não parei para contar, ainda bem que não eram beliches, tinha um certo pavor de beliches. Peguei uma no canto, quase na porta, estava tudo vazio, até uma menina com franja, cabelos pretos, altura média, entrar e ficar me olhando.
- Qual seu nome? -Me perguntou.
- (Seu nome).
- O meu Anna, eu que durmo do lado da sua cama... -Ela falou olhando para a cama.
- Hum... -Ela logo saiu, mas logo achei que ela voltou porque escutei um barulho na porta, mas era aquele Leonardo.
- Vamos descer?!
- Vou na sala ler.
- Vou com você.
- Você é muito grudento em...
- Só porque to sendo legal com você... Mas não sou assim com todo mundo.
- Você é o popular né? Percebi assim que entrei, e aquela loira é sua namorada, o casal perfeito. -Ele me fitou.
- Cala a boca.
- Nossa ta bom...
- Des... culpa. -Saiu do nada, que garoto loco.
Arrumei minhas coisas e desci com um livro na mão, ele tava na sala sentado em um canto e a garota loira do seu laro mechendo em seu cabelo, era obvio que eles eram namorados. Não fui até eles, subi alguns degraus novamente, e só deu pra escutar ele falando:
- Sai Eduarda, sai!
- Leonardo Picon vem aqui! -Ele passou correndo por mim na escada acho que nem me viu, a menina saiu da sala, eu fui atrás dele, e sei lá porque.
Ele andava com cuidado olhando pros lados, mas não me viu, ele subiu um tipo de escadinha e abriu uma porta e depois fechou. Eu sou calada, sozinha, mas sou muito curiosa, subi a escadinha, parecia ser um porão.
Abri a porta ele tava jogado em um canto e pareceu nem me ver, fechei a porta.
- Vem sempre aqui? -Disse curiosa.
- O QUE... O QUE VOCÊ TA FAZENDO AQUI? -Falou nervoso, sentei do lado dele.
- Calma.
- Des.. culpa. -Ele tinha um dificuldade enorme pra pedir desculpa.
- Tudo bem...
- É eu sempre venho aqui, pra ficar sozinho, mas eu parei um pouco, coisas estranhas acontecem nesse casarão, principalmente aqui.
- Não vai conseguir me botar medo, não acredito nessas coisas.
- Falo sério...
- Ta bom! E a sua namorada? Eduarda não é?
- Porque insiste com isso?
- Porque vocês são o casal perfeito.
- Não, não somos, ela é filha da Olga, Olga é a única que sabe quem é/era minha mãe e nunca quis me dizer, eu odeio ela! -Acho que pior do ter os pais mortos seria nunca ter visto nenhum deles, eu fiquei com dó do Leonardo, algo que eu nunca senti por ninguém, engoli seco.
- Me desculpa... -Me levantei para sair.
- Fica, não quero ficar sozinho, fico com medo. -Ele tem sei lá 15 anos e tem medo? Af.
- Ta...
- Me fala de você.
- Sou chata.
- Fala.
- Pronto.
- É você é chata.
- Que bom...
- Vamos isso ta me causando arrepios.
- Medroso.
- Também não gosto de apelidos.
- Ta bom... -Levantamos e saimos, escutei um estralo e obvio que era ele me assustando.
- Vou para meu quarto, quer dizer...
- É deve ruim se acostumar a falar que seu quarto é o demais 14 meninas...
- É...
Fui para o meu quarto, estava cansada e confusa com tudo aquilo, era tudo novo pra mim, acabei dormindo.
Acordei assustada, olhei para os lados, todas as meninas estavam dormindo.
Eu já tinha dormido demais não estava com nenhum pouco de sono, então resolvi andar pelo casarão. Aquele lugar era sinistro, parecia até filme de terror.
- Bú. – disse o Leonardo rindo da minha cara
- Caralho menino você me assustou. – disse e empurrei ele
- Ué, não era você que não tinha medo. – ele riu. – e o que você ta fazendo aqui?
- Não to com sono e você o que faz aqui?
- Ouvi alguém me chamar e vim ver quem era. To falando aqui acontece coisas muito estranhas. – ele disse olhando para os lados
- Se você quer me assustar faça melhor porque não conseguiu. – menti
- Duvido muito que você não ta assustada. E sabe você devia voltar pro seu dormitório
- Não devia você que devia voltar pro seu. – o fitei
- Não vou, agora volte pro seu quarto. – disse sério
- E dês de quando eu obedeço você?
- Você estava certa quando disse que era chata, mas eu gosto do seu jeito, mandona, chata, paga uma de forte.
- Que legal. – revirei os olhos
De repente ouvimos ruídos vindo do porão
- O QUE É ISSO? – gritei e recuei
- Sinto uma pontada de medo. – riu
- Sério o que foi isso?
- Ouço isso toda noite, mas não tenho coragem de ir lá ver.
- Covarde. – revirei os olhos
- Já que você é tão valente assim vai lá.
- Ta bom, eu vou
Comecei a caminhar pra lá, me arrependi de ter falado aquilo, eu estava realmente com medo, mas o meu orgulho era maior.
- Ei, espere eu vou com você. – disse ele pegando na minha mão
- Ta, mais não quero ninguém se cagando de medo perto de mim.
Eu estava me sentindo segura agora que segurava a sua mão, mas eu não falei nada.
Entramos no porão, a cada passo que eu dava eu apertava mais a mão dele
- Não precisa quebrar a minha mão.
- Cala boca.

A 3ª parte postamos com 5 comentários, mais só amanhã.

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